Atrás do banco do passageiro também existem folhetos de como agir durante uma suposta queda. (Eu não quis nem olhar, muito menos imaginar que o avião poderia cair.)
Mas tudo isso nem passa perto do que os motoristas dos ônibus da Guanabara dizem antes da partida do “buzu”...Em uma viagem à Parnaíba com meu namorado Francisco, parei pra ouvir um simpático motorista se identificando e dizendo os procedimentos de emergência, mas como os passageiros não estavam prestando atenção, ele resolveu ser mais direto:
- Boa noite! Meu nome é Fulano de tal, sou o motorista que os conduzirá até Luis Correia com algumas paradas nas principais rodoviárias. O uso do cinto de segurança é obrigatório, existe duas saídas de emergências nas laterais do ônibus e este martelinho vermelho aí serve pra quebrar o vidro.
Acho que não consegui esperar ele virar de costas pra ter um ataque de risos... Porque acabei me lembrando e comparando a paciência e elegância da comissária de bordo com o motorista.
E não foi dessa vez que escrevi o fato em meu blog, porém, tive que escrever o que aconteceu agora, na volta de uma viagem de Parnaíba a Teresina na Semana Santa porque foi simplesmente hilário.
Eu e Francisco novamente no “buzu” esperando todo mundo se acomodar pra saída, o motorista veio dar o aviso:
- Bô boa noite! Mê meu nome é é Sicrano, esta estamos in indo pra Tê Teresiiiina, nas la laterais têm saídas de é é emergência e co coloquem os cin cin cintos... Obrigado!
(Imagine aí... Ele deu o recado, mas demorou horrores...)
AGORA IMAGINE A MINHA SITUAÇÃO!!
Primeiro achei que o motorista estava bêbado, depois pensei que fosse estrangeiro e por ultimo quando ainda achava que estava pensando baixo o Francisco respondeu: - Amor, ele é gago.
Tentei esperar o homem virar as costas. Eu segurava meus lábios com os dentes, não era mangando dele, foi simplesmente porque não consegui entender o que acontecia com o motorista, fiquei com muito medo de ele estar bêbado de verdade.
Eu sorri tanto que chorei, ri, ri, ri demais... O Francisco também sorriu, no entanto já estava preocupado me vendo “chorarrindo”. Eu não estava mais rindo da situação, era de outra passageira que sorria tanto, tanto, o ataque de risos dela não acabava e quanto mais ela sorria, mais eu chorava de rir.
Quando parei de rir, sorri de novo... e sorri demais!!!!!
